Os cofres do Banco do Estado do Pará devem estar cheios. O banpará doou 500 mil reais para animar o pobre réveillon da Estação das Docas, em Belém, e 150 mil para a festança de Salinópolis, que, como todos sabem, só é frequentada por gente humilde e pobre.
Esse meio milhão de reais saiu, graças à gazua da inexigibilidade de licitação, com esta justificativa risonha e franca: “patrocínio cultural na forma da Política institucional do Banpará destinado à realização do evento “Réveillon Estação das Docas 2024’, a ocorrer no período de 31 de dezembro de 2024, na cidade de Belém/Pará, considerando o interesse do Banpará em divulgar, fortalecer, agregar, incrementar, gerar reconhecimento ou ampliar benefícios ligados à marca deste Banco, em atitude negocial visando aumento de volume de negócios posto o reconhecimento do Banco como socialmente responsável na valorização da cultura regional, conforme aprovado pela diretoria colegiada. Valor total do Patrocínio: R$-500.000,00 (quinhentos mil reais)”.
A justificativa para a derrame de verba em Salinópolis é a mesma – sem tirar nem pôr, como diz o povo, chupando o dedo.
Quem ler esses textos de um só fôlego passou no teste de pulmão. Mas se não se indignar ao finalizar a leitura dessa lição de abuso de dinheiro público, foi reprovado em matéria de consciência.
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