Bruna Valeanu tinha apenas a mãe e a irmã entre familiares vivendo no país do Oriente Médio; elas pediram para desconhecidos comparecerem à cerimônia fúnebre e centenas de pessoas foram ao cemitério
Centenas de israelenses foram então ao cemitério para dar a Bruna uma cerimônia fúnebre de acordo com as tradições judaicas.
— Vieram muitas pessoas, foi um choque — afirmou Daniela Haddad, de 28 anos, ao GLOBO. — A gente botou nas redes para amigos e família virem, os que conhecem a Bruna, e no final vieram milhares de pessoas quase não dava pra entrar — acrescentou.
“(Estou) a caminho do funeral de uma jovem brasileira assassinada no festival de música. Foi enviada uma mensagem pedindo que estranhos comparecessem, pois ela quase não tem família aqui. Há uma fila de 2 km saindo da entrada do cemitério e duvido que consigamos chegar”, afirmou Eylon Levy, ex-conselheiro internacional da Presidência de Israel, em sua conta no X, antigo Twitter.
Por conta da fila, Levy conta que decidiu parar o carro e seguir a pé pelo acostamento. “O funeral estava marcado para há 20 minutos. Achávamos que estávamos adiantados”, escreveu. “Os israelenses são incríveis em responder a chamados para comparecer a funerais. Uma solidariedade social tão forte aqui nessas circunstâncias sombrias”, acrescentou.
Michal Feldman, professora de Ciências da Computação da Universidade de Tel Aviv, também compartilhou a demonstração de solidariedade com a morte da brasileira.
“Esta é Bruna, uma jovem brasileira que foi cruelmente assassinada no festival de música pelo Hamas. Aqui em Israel apenas com a mãe e a irmã. São engarrafamentos de quilômetros de extensão até o cemitério em resposta a um pedido para comparecer ao funeral”, escreveu Michal.