Dr. HÉLIO MARINHO DE AZEVEDO

 

 

Aristides Dias

Vou falar novamente de um personagem político de Óbidos, que merece ser lembrando, falo do Dr. Hélio Marinho de Azevedo, que nos deixou a pouco tempo.

Hélio era filho de Pedro Alexandrino Siqueira de Azevedo e Ciriena Neuza Marinho de Azevedo, parte de sua infância foi na fazenda Nazaré, no Paraná de Baixo. No ano de 1941, dez anos depois de nascido, foram para Óbidos e moraram na casa da esquina da Justo Chermont com Dr. Machado, depois, se mudaram para a famosa rua Bacuri (Dep. Raimundo Chaves).

Hélio foi concluir seus estudos na capital paraense e lá se formou como engenheiro agrônomo em 1957. Nem bem concluiu o curso superior, em 1958 foi convocado pela classe política de Óbidos para concorrer as eleições municipais para o cargo de prefeito, pela legenda Coligação Democrática Paraense.

Venceu as eleições e em 31 de janeiro de 1959 tomou posse como prefeito de Óbidos. Na sua gestão enfrentou a fúria do Barata, que era governador e era assumidamente declarado inimigo de Óbidos, tanto que um dia disse que aquele torrão ainda iria virar um porto de lenha e ainda dividiu seu território, criando o município de Oriximiná.

Na sua gestão Hélio começou a criação do bairro de Santa Terezinha (aqui a sugestão para os nobres vereadores, para a criação de um Projeto de Lei que dê nome a uma das ruas desse bairro ao seu criador Hélio Marinho de Azevedo), também foi em sua gestão o início da construção do aeroporto da cidade, também fez a ponte do Rio Branco, entre outras, e como curiosidade foi em sua gestão que aconteceu um dos maiores eventos da história da cidade, a apresentação da banda do Alberto Mota na ARP, objeto de tema de livro do craque Ademar Amaral.

Dr. Hélio depois de concluir sua gestão retornou a Belém e trabalhou no Instituto Agronômico do Norte (63 a 65), depois foi para o BASA onde trabalhou até se aposentar, em 1989. Depois disso ficou à disposição do INCRA. e da SUDAM, durante administração do Dr. Elias Sefer. Nessas repartições trabalhou como assessor especial, também foi professor da Fcap.

Hélio também foi membro fundador da Academia Artística e Literária de Óbidos – AALO, se dedicou também as atividades da igreja da Trindade onde era palestrante do ECC e do curso de noivos.

Das vezes que frequentei sua residência era notório o seu amor pela natureza, daí a sua formação em agronomia. Animais e plantas, principalmente as orquídeas, faziam parte do seu cotidiano.

Perguntei para sua única filha mulher, como era Hélio Marinho em família, ela me respondeu: Papai era dedicado a família. Sempre austero, rigoroso no cumprimento do dever. O exemplo que nos deixa é da ética, do amor incondicional a família e a sensibilidade de ver as belezas da vida.

Quando partiu para outro plano Hélio Marinho estava com 92 anos, ele deixou a esposa Hermita e os filhos, Hélio Jr., Joaquim, Pedro, Idanise, Rui, Roberto, Marcelo e Marcos.

Deixo aqui meu respeito por ele!

Aristides Dias é membro fundador da Academia Artística e Literária de Óbidos – AALO e membro fundador da Academia Maçônica de Letras do Pará – AMALEP.

Dr. Hélio Marinho(direita) com os irmãos.
Dr. Hélio Marinho com esposa e filhos.

 

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