Na noite de terça-feira(23), na Casa de Cultura José Veríssimo, em Óbidos, oeste do Pará, a Academia Artística e Literária de Óbidos – AALO, realizou mais uma sessão especial que ficará para os anais da história da cultura obidense. O silogeu deu posse a três novos acadêmicos, Carlos Vieira, Ewerton de Castro e Arinaldo Paiva(Ricolla), além de brindar seus quinze anos de existência, completados em março de 2024.

Na oportunidade o acadêmico Ademar Amaral discorreu sobre os 15 anos de existência da AALO, veja o discurso:

Os acadêmicos da AALO celebraram os 15 anos do silogeu e a posse de mais três imortais.

AALO, 15 ANOS DE HISTÓRIA

Prefeito Jaime Silva, senhores componentes da mesa, amigos confrades, meus senhores e minhas senhoras,

Boa noite!

Há poucos dias, recebi do nosso presidente, Aristides Dias, uma missão pra lá de difícil, que é a de substituir o escritor Célio Simões de Souza, para contar aos senhores, em linhas gerais, os fatos que deram origem e contribuíram para a criação da Academia Artística e Literária de Óbidos, a nossa AALO, que no mês de março passado completou 15 anos de história.

Realmente, uma pena o Célio não estar aqui para abrilhantar este evento e contar, pessoalmente, sobre esses acontecimentos, pois, mais do que ninguém, ele foi o ser pensante em todo o processo e quem mais se empenhou, vivendo, naquele período, momentos de incertezas, essas, muitas das quais, fui testemunha.

Mas faço um pequeno parêntesis para lembrar, que antes da AALO ser ainda um sonho desenhado na imaginação do amigo Célio Simões, eu lia uma crônica do saudoso confrade Hugo Ferrari, um sempre lutador pela cultura e valores de Óbidos, na qual ele chamava nossa atenção para a necessidade de se criar uma academia de letras e artes, com a finalidade de unir nossos artistas e escritores.

Os três novos imortais da AALO, Carlos Vieira, Arinaldo Paiva e Ewerton Castro.

Os anos passaram, não mais se falou do assunto, quando, certa noite, recebi um telefonema do Célio Simões e, lá pelas tantas, após muito jogarmos conversa fora, tendo Óbidos no centro da nossa atenção, ele me expôs sua ideia e vontade de criar uma academia de letras e artes em nossa cidade, dizendo-me que tinha uma imensa dívida de gratidão com a educação gratuita que recebera do Grupo Escolar José Veríssimo, do Colégio São José e da Universidade Federal do Pará.

Por ocasião da cerimônia de posse do segundo presidente da ALLO, o digno confrade José Raimundo Canto, Célio, que deixava a presidência, assim se referiu a esse fato, no seu discurso de despedida: “Quando, aos 18 anos, resolvi radicar-me em Belém com vistas aos bancos universitários, a UFPA acolheu-me também gratuitamente no casarão do Largo da Trindade, até que me tornasse advogado. Vitorioso na profissão, passei a me sentir em débito de gratidão com meu torrão natal, pois quem na verdade custeou meus primeiros estudos foi o povo. Sempre sonhei em retribuir esse passivo.

No mesmo telefonema a que me referi, Célio também justificava a criação da AALO como uma forma de agregar, revelar e expor os nossos muitos escritores e artistas que aqui produziam anonimamente, precisando de uma referência onde pudessem se abrigar, para divulgação dos seus trabalhos. Não bastasse isso, a criação de uma academia obidense, dizia ele, iria edificar Óbidos ainda mais, como berço de grandes escritores e intelectuais que, mesmo involuntariamente, vão sendo esquecidos pelas novas gerações. E ele tinha total razão no que falava. Quem ainda lembra de Augusto Correa Pinto Filho, o primeiro obidense a ocupar uma cadeira na Academia Paraense de Letras, aos 22 anos?

Os novos acadêmicos com o presidente da AALO, Aristides Dias.

Cito outros exemplos, como os renomados professores Tostes, Cora Simões, Glória Corrêa Pinto, Manduca Valente, o poeta e autor do Hino de Óbidos, Saladino de Brito, o cronista Mário Rego, o escritor e historiador Élcio Amaral, a professora e escritora Edithe Carvalho, ela, por muitos anos, membro correspondente da Academia Paraense de Letras, em nossa cidade e, diga-se, mãe do artista de renome internacional, Klinger Carvalho. Figuras do porte do citado Augusto Correa Pinto Filho, de Haroldo Figueira, autor do livro, A Nobreza da Gratidão, que vai muito de encontro ao mesmo princípio que norteou Célio Simões para a criação desta Academia; o saudoso Ildefonso Guimarães, consagrado romancista de Os Dias Recurvos, inigualável contista de Senda Bruta e, também, membro da Academia Paraense de Letras. Tivemos Manuel Ayres, médico e autor de diversos livros, tanto literários quanto científicos, sem jamais, é claro, esquecer dos nossos nacionalmente celebrados, Inglez de Souza e José Veríssimo que, na companhia do bruxo Machado de Assis e de Joaquim Nabuco, fundaram a Academia Brasileira de Letras. Acredito e tenho plena certeza de que não há, neste país, uma cidadezinha interiorana, que tenha dois dos seus filhos como fundadores da Academia Brasileira de Letras. E muito devemos nos orgulhar desse marco sem precedentes, na história de Óbidos e do nosso Brasil. Todo esse passado e mais a quantidade/qualidade de novos escritores e artistas obidenses, surgidos a partir da segunda metade do século passado, justificam e nos dão certeza de que a criação da AALO já era um anseio da nossa cidade e muito veio contribuir para a preservação da sua memória.

Dentre esses novos escribas e artistas, cito o grande cronista, autor de sete livros, criador e primeiro presidente da AALO, Célio Simões de Souza, cito o brilhante, premiado escritor e compositor, Fernando Canto, falo da nossa premiadíssima poetisa, Izarina Israel, do premiado jornalista Ronaldo Brasiliense, do talentoso poeta e compositor Eduardo Dias, do escultor Klinger Carvalho, do pintor Rícolla Paiva, da professora Maria de Nazaré Vieira, da consagrada escritora Bella Pinto, da escritora Maria de Nazaré Oliveira(Xuca), da professora e escritora Maria José Caluff, que, em breve, pela Paka Tatu, estará lançando seu primeiro livro; do cronista Ary Ferreira, que dia 29 de junho último, lançou, em Belém, seu tão aguardado, Histórias de Um Tapuio Pauxis. Falo também do escritor Romualdo Andrade, duas vezes premiado na renomada e internacional Feira Literária de Parati e autor de Terra Anfíbia. Vale lembrar o geólogo, autor de importantes livros de mineração, o amigo Alberto Rogério, o premiado escritor Benjamim Hamoy, o saudoso poeta, Fernando Sousa, o poeta Geraldo Magela, o cronista Hugo Ferrari, o saudoso amigo e talentoso escritor, Carlos Antônio Barbosa da Silva, autor de Âmago da Amazônia; o memorialista Dino Priante, com seu saboroso Óbidos de Antanho; o advogado e escritor Antônio Pereira, que em maio passado lançou em Belém seu livro autobiográfico, De Olho no Camaleão, livro que ele estará autografado amanhã, no klipper de Sant’Ana, com toda a renda revertida para a Santa Casa de Óbidos; impossível esquecer dos jornalistas Aristides Dias e João Canto, verdadeiros Quixotes a batalhar pela história e cultura obidenses, mesmo, muitas das vezes, tendo que lutar contra moinhos de vento; temos o memorialista Guilardo Lobo, autor de Pelas Barrancas do Irateua; tivemos o empresário escritor Miguelzinho Canto  e o empresário escritor Cornélio Santos. E até eu mesmo, já andei dando minhas canetadas por aí. Aliás, lembro aos senhores, que ainda nesta noite, no Klipper de Santana, vou estar autografando dois dos meus livros: meu último e quarto romance, No Ritmo da Festa (Ou Mais!…), que teve pré-lançamento dia 09 de maio, em Belém, e meu terceiro romance, Temporal de Cima, que foi produzido no tempo da pandemia e por isso não teve noite de autógrafos. Espero que todos prestigiem e que adquiram os livros, pois a renda será integralmente destinada às festividades da Senhora Sant’Ana.

Alguns dos escritores aqui citados, já me confidenciaram que se viram estimulados a lançar suas primeiras obras, depois do surgimento da nossa Academia e, alguns deles, já com apoio financeiro da AALO, facilitado pela boa administração que os confrades Aristides Dias e João Canto fazem das parcas mensalidades de 50 reais. Gostaria, neste momento, de conclamar a todos os confrades que ajudem com suas mensalidades. Hoje, novamente seremos 40 e, se todos colaborarem, o confrade João Canto arrecadar o suficiente para ajudar na publicação de diversas obras.

Por isso, faço questão de relacionar aqui os livros já editados com o selo da AALO: Crônicas, de Aristides Dias; De Olho no Camaleão, de Antônio Pereira; Histórias de Um Tapuio Pauxis, de Ary Ferreira e Pelas Barrancas do Irateua, de Guilardo Lobo, estando previsto agora, para o mês de agosto, o livro infantojuvenil, intitulado KALAUANÃ, de autoria da escritora Bella Pinto; livro esse premiado pela lei Paulo Gustavo, do Governo Federal, através da Secretaria de Cultura do Pará. As 12 ilustrações da obra, de autoria do consagrado artista Maciste Costa, foram todas patrocinadas pela nossa Academia.

A AALO foi fundada em 27 de março de 2009 e, segundo seu estatuto, veio para congregar obidenses ou pessoas ligadas à Terra Pauxis como se natos fossem. Foi instalada oficialmente no dia 25 de junho de 2009, quando a maioria dos seus membros fundadores tomaram posse, em sessão solene, no auditório do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª. Região, cedido pela então presidente daquela Corte, desembargadora Francisca Formigosa, que também cedeu para a solenidade, todo o cerimonial do TRT, com a brilhante participação da Guarda Municipal de Belém. Foi uma noite lotada de convidados, acadêmicos e seus familiares, além da imprensa em peso, num auditório grandioso que se tornou pequeno, tal a quantidade de gente que lá compareceu para saudar a criação da nossa Academia. Lembrando palavras do escritor Nelson Rodrigues, poderíamos afirmar que naquela memorável noite “havia gente pendurada até nos lustres”. E mais uma vez vale relembrar algumas palavras do nosso fundador e primeiro presidente, Célio Simões: “Nada fiz sozinho. Contei com a ajuda material de muitos, sugestões de outros, críticas construtivas de mais alguns e com o talento do confrade e engenheiro Luis Arthur Brito da Silveira, que deu forma à bela medalha que ostentamos. Pelo muito que me ajudaram, registro minha gratidão à diretoria e ao Conselho Fiscal do mandato que ora se encerra: José Edílsimo Eliziário Bentes; Maria José Tavares Caluff; Célio Augusto Oliveira Simões; José Raimundo Canto; Bella Pinto de Souza; Carlos Antônio Barbosa da Silva; Ademar Aires do Amaral e Arlena do Amaral Savino, que comigo ombrearam nessa agradável missão”.

Quando Célio falou de “ajuda material de muitos”, ele se referia ao custeio de diversas despesas com bottons, envelopes, medalhas, coquetel, papel timbrado e divulgação na imprensa, que ele sozinho não podia assumir. Célio, então, visitou a ALEPA e falou com os deputados Júnior Ferrari, Josefina do Carmo, Antônio Rocha e Gabriel Guerreiro, que doaram 500 reais de cada um, além de mais 300 reais doado pelo deputado Alexandre Von. Colaboraram, também, o atual prefeito Jaime Silva, e o ex-prefeito Francisco Alfaia, cedendo este mesmo espaço e o total apoio da Secretaria de Cultura, no que tange a arrumação, decoração do salão e limpeza, nas diversas solenidades aqui realizadas. Cabe um destaque especial para o nosso confrade, Antônio Pereira, que naquela altura colaborou com 800 reais.

Na célebre solenidade de implantação, no TRT, coube-me a missão de falar, saudando os ilustres agraciados daquela noite, com os títulos honoríficos de Grandes Beneméritos e de Membros Honorários.

A escolha para os títulos honoríficos de grandes beneméritos, recaiu nas ilustres figuras do historiador Hélcio Amaral de Souza, no advogado e Reitor da Unama Édson Raymundo Pinheiro de Souza Franco, o Dr. Edson Franco; na desembargadora e eterna juíza de Óbidos, Sônia Maria de Macedo Parente, na Desembargadora Francisca de Oliveira Formigosa, então presidente do TRT e na escritora e memorialista, professora Edithe Carvalho Vieira.

Três personalidades receberam o título de membros honorários. Foram eles: o grande engenheiro e professor da USP, Dr. Podalyro Amaral de Souza; o desembargador e ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Dr. Rider Nogueira de Brito e o médico e cientista Manuel Ayres, ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado. Na solenidade seguinte de 24 julho de 2009, a primeira realizada em Óbidos, ainda foram agraciadas como membros honorários, a educadora Maria Iza de Souza Prado, mais conhecida, em Óbidos como professora Maria Lúcia Brito e a professora e pesquisadoraIdaliana Marinho de Azevedo.

Naquela altura, das 40 cadeiras definidas pelo nosso estatuto, foram empossados 33 integrantes. Posteriormente, na solenidade de 24 de julho de 2009, um mês depois, aqui mesmo neste antigo quartel, tomaram posse Francisco Alfaia de Barros, Hugo Antônio Ferrari e Luis Arthur Brito da Silveira. Em 23 de julho de 2010, novamente neste espaço, tomaram assento os confrades Claudio Jorge Bentes de Castro, Deodoro Pedro de Oliveira Filho e Shirlei Guimarães Florenzano Figueira. Por último, em 25 de julho de 2011, no auditório da Escola São José, tomou posse o doutor, escritor, compositor e professor aposentado da UNIFAP, Fernando Canto, autor de O Bálsamo, de Mama Guga e hoje, também, presidente da Academia Amapaense de Letras, ele, um obidense que há muitos anos reside em Macapá. Desse modo, todas as 40 cadeiras foram preenchidas, com os seguintes membros intitulados de fundadores:

Célio Simões de Souza; Alberto Rogério Benedito da Silva; Antônio dos Reis Pereira; Aristides Chaves Dias; Arlena Arruda do Amaral Savino; Aucimario Ribeiro dos Santos; Bella Pinto de Souza; Deodoro Pedro de Oliveira Filho; Berardino João Tadeu Savino Priante; Carlos Antônio Barbosa da Silva; Ademar Aires do Amaral; Célio Augusto Oliveira Simões; Edílson do Nascimento Santos; Shirlei Guimarães Florenzano Figueira; Evander de Jesus Oliveira Batista; Every Tomaz de Aquino; Fernando Antônio Santos de Sousa; Francisco José Alfaia de Barros; Geraldo Magela Pinto de Souza; Guilardo Lobo; Hélio Marinho de Azevedo; Hugo Antônio Ferrari; Izarina Tavares Israel; João de Jesus Farias Canto; Jorge Ary Ferreira; José Edílsimo Eliziário Bentes; José Raimundo Farias Canto; Luiz Arthur Brito da Silveira; Maria de Nazaré da Cruz Vieira; Maria de Nazaré Oliveira Mitschein; Maria Jeanett Vieira Valente do Couto; Maria José Tavares Caluff; Marilene Maria Aquino Castro de Barros; Marly Uchoa Diniz Figueiredo; Nelson Adson Almeida do Amaral; Otávio dos Santos Albuquerque; Cláudio Jorge Bentes de Castro; Ronaldo Brasiliense; Tito Eduardo Valente do Couto e Fernando Pimentel Canto.

Agora, senhores, vem um momento que eu preferia pular, pois me vejo obrigado e relembrar dos cinco acadêmicos dessa lista de fundadores, que, infelizmente, não mais estão entre nós. São eles:  Hugo Ferrari, Fernando Souza, Carlos Antônio Silva, Nazaré Vieira e Hélio Marinho. Posteriormente tivemos a perda do acadêmico Haroldo de Andrade Figueira que, por eleição, havia entrado para ocupar a cadeira do amigo Carlos Antônio Silva. A cadeira do Fernando Souza, também por eleição, foi ocupada pelo bispo da Diocese de Óbidos, Dom Bernardo Bahlmann e, para a cadeira de Hugo Ferrari, foi igualmente eleita a escritora e historiadora, Paula Andrea Caluff.

Na solenidade de hoje, a comissão eleitoral nomeada pelo presidente Aristides Dias e composta pelos acadêmicos Ademar Amaral, Maria de Nazaré Oliveira e Bella Pinto, foram eleitos, sempre através de eleição direta e secreta os três novos acadêmicos que serão empossados. São eles:

Rícolla Paiva, na cadeira 21, em substituição ao Dr. Hélio Marinho de Azevedo; Carlos Augusto Sarrazin Vieira, na cadeira 29, em substituição à professora Maria de Nazaré Vieira e Ewerton Bentes de Castro, na cadeira 11, em substituição a Haroldo de Andrade Figueira, aos quais saúdo e, tenho certeza, que pelos seus currículos apresentados, irão engrandecer ainda mais o nosso Silogeu. Sejam, portanto, bem-vindos à Academia Artística e Literária de Óbidos.

Nesses 15 anos de existência, também por eleição, quatro confrades e uma confreira ocuparam a presidência da AALO. São eles: Célio Simões de Souza, José Raimundo Canto, Marilene Castro, Ronaldo Brasiliense e nosso atual presidente, Aristides Dias. Cada um, na medida do possível, procurou deixar sua marca e elevar a AALO como um dos símbolos da nossa cidade. Acredito que o período mais difícil dos ex-presidentes foi o da nossa confreira Marilene Castro, pois ela se viu praticamente de mãos atadas pela pandemia de Covid que se abateu sobre nosso país. Mas gostaria de enumerar, neste momento, alguns acontecimentos relevantes ao longo desses 15 anos:

– A Academia procurou homenagear personalidades de Óbidos, outorgando-lhes o Diploma e a Medalha “Cidade Presépio – Categoria Honra ao Mérito. Em 2009, os agraciados foram: Antônio Fernandes; Dídimo Augusto Ferreira; Maria José Bentes Ferreira; Mário Prata de Aquino e Miguel Venâncio. Em 2010, foram homenageados, Maurício Siqueira Assunção; Valdir Marinho de Matos; José Cardoso Ayres; José Carlos Ferrari e a senhora Maria Ramos. Em 2011, receberam a homenagem, Manuel Valente do Couto; nosso grande poeta e compositor Eduardo Henrique Dias; Cezarina das Graças Silva Aquino; Ana Maria Tavares Chocron e Carlos Riciardi Silva, além da medalha de Honra ao Mérito, concedida à Banda de Música Manoel Rodrigues, que abrilhantou as cerimônias da AALO, ocorridas em Óbidos, nos anos de 2009, 2010 e 2011.

– Ainda sob a presidência de Célio Simões, foi instituído o prêmio literário, no gênero crônica, para estudantes da rede municipal de ensino, com o tema “CAPELA DO BOM JESUS, MEMÓRIA CABANA, PATRIMÔNIO NOSSO”. Após o crivo da comissão julgadora, composta por Ademar Amaral, Maria José Caluff e Aucimário Santos, a estudante vencedora foi Geise dos Santos Mamede que recebeu, além do diploma, um prêmio de mil reais. Penso que esse concurso literário poderia voltar como um estímulo aos nossos estudantes.

– Como primeiro correspondente da AALO fora do Pará, foi eleito o poeta, cronista e acadêmico maranhense, Carlos Alberto Lima Coelho, que no seu blog divulgava nossos costumes através das crônicas do nosso saudoso Carlos Antônio Silva. O cuidado que Célio Simões teve em manter arquivadas essas crônicas, nos permitiu, com apoio financeiro do irmão do Carlos, Augusto Silva, a publicação da obra, Âmago da Amazônia, pela Editora Paka-Tatu, cumprindo uma promessa que Célio e eu fizemos à viúva do Carlos, no dia do seu falecimento.

– Tivemos a criação do Blog da AALO, um excelente trabalho dos confrades João Canto e Aucimário Santos.

– Em 15 de dezembro de 2012 foi criado o hino oficial da AALO, tendo letra de Célio Simões de Souza e música de autoria do desembargador Vicente Malheiros da Fonseca.

– Houve participação efetiva da AALO nas FECIMA, da UFOPA, uma iniciativa do então presidente José Raimundo Canto, com mesas literárias sobre obras de escritores obidenses.

– Louvamos também a atuação do ex-presidente Ronaldo Brasiliense que herdou um período difícil durante a pandemia, mas foi quem primeiro mostrou a cara da AALO, em Óbidos, ao colocar a placa da nossa Academia, na porta da sua residência, onde aconteciam saraus literários.

– Este ano, além desta cerimônia de posse, nossa diretoria já vinha trabalhando na legalização da Academia. Finalmente, foi conseguido o registro em cartório e o tão almejado CNPJ, num grande esforço do presidente Aristides Dias. Agora sim, podemos dizer que a Academia Artística e Literária de Óbidos existe de fato e de direito.

Finalizando, até porque já falei muito, gostaria de lembrar que, no meu tempo de jovem, dizia-se que ao completar suas 15 risonhas primaveras, a mocinha estrava na idade dos sonhos e das ilusões. Nossa academia acaba de completar essa idade, mas garanto a vocês, que pelas mentalidades maduras e pela longa caminhada que a maioria dos seus membros já percorreram nas batalhas desta vida, há muito deixamos de lado as ilusões, porém nunca ficamos distantes dos nossos sonhos. E qual seria, hoje, o maior sonho da nossa Academia? Eis uma pergunta nada difícil de responder. Seu maior sonho é o de qualquer ser humano deste planeta: ter um espaço definitivo, aqui em Óbidos, onde possa se abrigar e assim prestar melhores serviços à comunidade obidense. Eu, do alto dos meus 76 anos, espero viver para assistir esse sonho se tornar realidade.

Muito Obrigado!!

Ademar Amaral

 

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