Agência das Nações Unidas publicou relatório apontando que a concentração de dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4) atingiram níveis sem precedentes no último ano.
Por Roberto Peixoto, g1
Mais uma vez, as concentrações atmosféricas de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global causado pelo homem,atingiram níveis sem precedentes no último ano, afirma um novo estudo da Organização Meteorológica Mundial divulgado nesta quarta-feira (15).
Segundo a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2022, as concentrações médias globais de dióxido de carbono (CO2), o gás de efeito estufa mais abundante na Terra, ultrapassaram em mais de 50% os níveis da era pré-industrial (definida pelo ano de 1750), alcançando o pico de 417,9 ppm (partes por milhão – o número de moléculas do gás a cada milhão de moléculas de ar).
Assim, o aumento do CO2 na atmosfera em relação a 2021, recorde anterior, foi de 0,5%.
Concentração média global de CO2 — Foto: arte/g1
Aliado a isso, o metano (CH4) também viu um aumento em suas concentrações (264% em relação a 1750, ou 1.923 ppb).
Concentração média global de CH4 — Foto: arte/g1
O óxido nitroso (N2O), o terceiro gás mais abundante, registrou o maior aumento anual entre 2021 e 2022: 0,42% (124% em relação a 1750, ou 335 ppb).
Concentração média global de N2O — Foto: arte/g1
Consequência dos gases de efeito estufa
Segundo a OMM, a multiplicação de fenômenos meteorológicos extremos (como a onda de calor atípica que atinge boa parte do Brasil nesta semana) e a subida do nível do mar são alguns dos efeitos das alterações climáticas provocada pelo aumento desses gases.
“A despeito de décadas de advertências científicas, relatórios extensos e dezenas de conferências sobre o clima, continuamos seguindo na direção errada”, declarou o Secretário Geral da OMM, Petteri Taalas.
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