A versão foi contada na delegacia de Óbidos, oeste do Pará, durante depoimento de Gil Romero ao delegado Victor Cohen.

Por Sílvia Vieira, g1 Santarém e Região — PA

Durante depoimento ao delegado Victor Cohen, na delegacia de Polícia Civil de Óbidos, no oeste do Pará, na manhã desta quarta (9), o homem suspeito de matar uma jovem de 18 anos, que esperava um filho dele, disse acreditar que o bebê ainda estava no ventre da mãe quando o corpo dela foi queimado dentro de um camburão na usina onde ele trabalhava, em Manaus (AM).

Quando Gil Romero Machado Batista, 41 anos, foi questionado pelo delegado Victor Cohen se tinha perguntado aos comparsas dele o que haviam feito com o feto da jovem Débora da Silva Alves, ele respondeu que não perguntou nada. “Não perguntei nada, porque achei que estava tudo junto”.

O delegado também perguntou se no momento em que os comparsas do suspeito colocaram o corpo de Débora da Silva Alves dentro do camburão e atearam fogo, se a vítima ainda estava com o feto dentro do ventre, Gil respondeu que sim. “Sim, porque se não tivesse, deveria ter caído sangue por lá, e não tinha nada de sangue. Do jeito que ela estava jogada lá, acho que o bebê já estava morto dentro dela”, disse.

Gil Romero afirmou ao delegado Victor Cohen que não viu o bebê que Débora carregava no ventre, fruto de um relacionamento que os dois tiveram.

Na última segunda-feira (7), em entrevista ao Jornal do Amazonas 1ª edição (JAM 1), Rita de Cássia, tia da vítima, afirmou que a família acredita que o bebê foi retirado da barriga de Débora e que pode estar vivo.

A Polícia Civil do Amazonas aguarda os laudos da perícia.

O crime

O crime aconteceu no dia 29 de julho, mas o corpo de Débora só foi encontrado no dia 3 de agosto, por uma equipe da DEHS, em uma área de mata no Mauazinho, zona leste de Manaus, após um dos envolvidos no assassinato indicar onde o cadáver estava.

José Nilson, o comparsa, era colega de trabalho de Gil Romero em uma usina. E também era gerente de um bar de propriedade de Gil.

À polícia do Amazonas, José Nilson contou que na noite do crime, Gil Romero apareceu na usina com o corpo de Débora, e que apresentava sinais de asfixia. Disse ainda que se sentiu coagido a ajudar a ocultar o corpo.

Buscas e prisão

A partir da localização do corpo de Débora e da prisão de José Nilson, as buscas por Gil Romero foram intensificadas. Desde o início havia a suspeita de que Gil tivesse fugido para o estado do Pará, o que se confirmou na noite da última terça-feira (8).

Gil Romero foi preso em Curuá, no oeste paraense, graças a um trabalho integrado que envolveu a Delegacia Especializada de Homicídios, do Amazonas, e o Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) do Baixo Amazonas.

O crime brutal causou revolta não só aos amazonenses. tanto que após a notícia da prisão de Gil Romero, populares se aglomeraram em frente à delegacia de Curuá, sendo necessário fazer a transferência do peso para o município de Óbidos, por motivo de segurança. Em Óbidos ele passou por exame de corpo de delito e prestou depoimento ao delegado Victor Cohen.

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