OS REGISTROS QUE FICARAM NA HISTÓRIA

Aristides Dias

O antigo estádio General Rêgo Barros foi palco desde o início do Carnapauxis

Revendo meus arquivos fotográficos, do tempo em que ainda não existia a máquina digital, quiçá celular, me deparei com várias fotos que marcaram vários momentos da história da cidade de Óbidos. Separei algumas que contam um pouco de como era o Carnapauxis quando dava seus primeiros passos.

Na época existia praticamente somente o jornal impresso Folha de Óbidos, editado por mim, jornal esse que ficou mais de vinte anos em atividade e que interligava vários obidenses de lugares diferentes Brasil afora. Por exemplo: tínhamos assinantes em Belém, Manaus, Fortaleza, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Santos, Recife e outras cidades deste país.

Usava uma máquina Yashica e, quando partia para a cidade de Óbidos, cuidava com todo carinho do meu material de trabalho, fazia o cálculo de quantas poses eu poderia usar durante minha estadia na cidade, tinha que ser tiro certo pra não perder filme.

No carnaval, por exemplo, levava algo em torno de rolos de filma de 24 poses e tinha que saber a hora certa da foto, bem diferente do que é hoje. Claro que nem todas eram utilizadas, mas grande parte era aproveitada.

Mês de julho também não era diferente, roteirizava as férias todinha e fazia o cálculo de quantos rolos de filme deveria levar, visto que, o período é bem maior. E assim foi até chegarem os equipamentos digitais.

Os registros que coloco aqui mostram por exemplo como o espaço do “Fobódromo” ainda era o antigo estádio General Rêgo Barros, só terra, que todo dia tinha que ser lavado porque o odor da maisena com a água da chuva que se acumulava na terra era algo insuportável, os camarotes eram de madeiras e o improvisado trio elétrico também.

As mudanças estruturais começaram na gestão do saudoso Haroldo Tavares, que deu nova roupagem ao espaço, tornando o local em espaço mais adequado não só para o carnaval, mas para todo tipo de eventos culturais ou não.

E assim se passaram mais de vinte anos. Eu, a minha Yashica e os registros que ficaram para a história.

O bloco do Morro capitaneado por Miguel Venâncio
O bate papo nas esquinas antes do bloco, fazia parte do clima carnavalesco.
O improvisado trio elétrico.

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