PACÚ O CRAQUE DE PASSADAS ELEGANTES E JOGADAS GENIAIS

 

Aristides Dias

Se eu perguntasse em qualquer roda de conversa em Óbidos quem era Manoel Bentes dos Santos, ninguém saberia responder. Mas se eu perguntasse quem era Pacú, todos responderiam que conheciam. Esse cidadão que entrou para a história do futebol obidense como um dos maiores craques que já passaram por lá, é o personagem desta crônica.

Meio de campo clássico foi ídolo no Santos. De toque refinado e elegância no jogar, Pacú encantou os apaixonados por futebol por décadas. Inteligente, com visão de jogo, sabia como ninguém driblar e deixar o companheiro de cara pro gol, por isso muitos lhe chamavam de “bailarino”. Diria que era um jogador como o Ganso, só que mais habilidoso.

Lembro quando garoto assistia aos jogos de Santos e Mariano, a tensão era grande quando via entrar em campo o Pacú, porque sabia que ele era o maestro do time e que poderia decidir o jogo a qualquer hora. O que me confortava era que pelo Mariano tinha o Merunga, outro craque obidense. O duelo entre os dois sempre foi marcado por grandes jogadas e belos gols, uma verdadeira obra de arte.

Esse registro não é de uma Rolleiflex, como gostava João Gilberto, é da minha Yashica mesmo, e mostra o craque depois de ter parado de jogar futebol. O físico não mudou, é o mesmo de quando jogava bola, a expressão já acusava as marcas do tempo, pois como vários craques do futebol mundial, depois que parou de jogar a bebida passou a ser sua maior companheira, assim como Garrincha.

A família era de craques, pois além dele tinha o irmão Cundá, o sobrinho Valdir e o outro irmão, Pincha, esse último é do meu tempo e jogamos juntos no Paturizinho.

Manoel Bentes dos Santos, de alcunha Pacú, estará para sempre na história do futebol obidense como um dos maiores craques que já jogaram nos campos Pauxiaras.

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